Marcelo Holanda é estudante de Letras/Espanhol da Universidade de
Brasília/UnB e criou uma petição, pois não suporta mais o horror e o cúmulo do
absurdo que está acontecendo em sua universidade. Uma jovem de 20 anos teve sua
vida destruída, e acabada, por um rapaz que se intitulou dono dela. Do
seu destino. De sua existência. Segundo Marcelo, “por ter havido um NÃO de
Louise em relação ao assassino, a moeda de troca foi o sangue dela. Que hoje
faz parte de um dos inúmeros gramados da UnB”. Não bastasse a crueza e crueldade
de um crime tão bárbaro, o feminicídio
(que muitos tentam retirar da
pauta ou esconder sob os tapetes sujos da sociedade), o fato aconteceu
na semana do Dia Internacional da Mulher, fazendo emergir que a consciência
sobre a violência de gênero ainda é tímida, mesmo diante de um horror como o caso
Louise. Uma verdade impera: não há como mais tolerar o intolerável: o
feminicídio tem suas nuances. É física, é moral, é psicológica, é simbólica. Mas
elas existem. Ações e políticas públicas que permitam a discussão do assunto na
esfera acadêmica, no sistema de justiça e no campo social, se fazem
necessárias, além de cumular a questão com medidas de segurança pública, a fim
de evitar que outras 'Louises' apareçam. Mulheres e aos homens que entendem a gravidade
da violência de gênero, em que o corpus feminino é afetado, achincalhado,
massacrado, estuprado, queimado e morto, um chamado: assinem a petição do Marcelo e
vamos ajudá-lo a levar nossa indignação e tristeza às autoridades, como vozes
emergentes e que não se calam. A mensagem dos estudantes da UnB é nítida:
#NãoAoFeminicídio.