O
Tapajós, um dos últimos grandes rios da Amazônia a correr livremente, é o mais
recente alvo do governo federal para a instalação de megaprojetos de
hidrelétricas – além de hidrovias e outros projetos de infraestrutura. São 43
grandes hidrelétricas planejadas para ser construídas na bacia do Tapajós. A
maior delas, São Luíz do Tapajós, é apontada como prioritária para o governo
federal. O impacto socioambiental de grandes hidrelétricas em biomas frágeis
como a Amazônia é bem conhecido pelas populações e regiões afetadas e se repete
a cada novo projeto. Entre os impactos já observados podemos incluir o
aumento do desmatamento, a redução da biodiversidade, os deslocamentos forçados
de comunidades indígenas e tradicionais, além da abertura de estradas ilegais e
a invasão de terras indígenas por mineradores, caçadores e madeireiros
criminosos. Outras consequências negativas são o aumento populacional urbano
sem planejamento, o tráfico de drogas, a prostituição e a escalada da
violência. Conclusão: o tão anunciado “progresso” – principal argumento usado
para convencer as comunidades locais a aceitarem estes projetos – não foi visto
em nenhum dos projetos de grandes hidrelétricas implantados na Amazônia.
A hidrelétrica de São Luíz do Tapajós será construída no coração da Amazônia,
em uma região de imensa biodiversidade e extrema importância para a
conservação. Precisamos questionar a maneira como as decisões de construir
estes megaprojetos em biomas frágeis como a Amazônia são tomadas, sem a devida
participação da sociedade. É fundamental também desafiar a maneira como o
Brasil está construindo sua matriz de energia, focada em megaprojetos de
infraestrutura e deixando-nos cada vez mais dependentes da água como principal
fator de geração de energia. O Tapajós não é apenas um rio. Ele representa a
herança cultural e ambiental de todos os brasileiros. Temos o poder de fazer a
diferença. Vamos mudar o curso dessa história, protegendo a Amazônia e mantendo
o rio Tapajós vivo. O Greenpeace se opõe à construção de megaprojetos de
hidrelétricas em biomas frágeis, como a Amazônia, devido aos impactos
irreversíveis na biodiversidade e no modo de vida dos povos da região. O Brasil
deveria investir no enorme potencial representado pelas energias renováveis
verdadeiramente limpas, como o sol e o vento. Você pode ajudar a manter
o Tapajós vivo ao juntar-se ao Greenpeace para combater a construção do
complexo hidrelétrico do Tapajós e exigir mais investimentos em fontes
renováveis e verdadeiramente limpas de energia, como a solar. Além de não
destruir a Amazônia, elas podem garantir a todos nós mais autonomia na geração
de energia. Basta clicar neste link, assinar a petição, bem como
divulgá-la!