terça-feira, 29 de março de 2016

Deixe o Tapajós viver


O Tapajós, um dos últimos grandes rios da Amazônia a correr livremente, é o mais recente alvo do governo federal para a instalação de megaprojetos de hidrelétricas – além de hidrovias e outros projetos de infraestrutura. São 43 grandes hidrelétricas planejadas para ser construídas na bacia do Tapajós. A maior delas, São Luíz do Tapajós, é apontada como prioritária para o governo federal. O impacto socioambiental de grandes hidrelétricas em biomas frágeis como a Amazônia é bem conhecido pelas populações e regiões afetadas e se repete a cada novo projeto. Entre os impactos já observados podemos incluir o aumento do desmatamento, a redução da biodiversidade, os deslocamentos forçados de comunidades indígenas e tradicionais, além da abertura de estradas ilegais e a invasão de terras indígenas por mineradores, caçadores e madeireiros criminosos. Outras consequências negativas são o aumento populacional urbano sem planejamento, o tráfico de drogas, a prostituição e a escalada da violência. Conclusão: o tão anunciado “progresso” – principal argumento usado para convencer as comunidades locais a aceitarem estes projetos – não foi visto em nenhum dos projetos de grandes hidrelétricas implantados na Amazônia. A hidrelétrica de São Luíz do Tapajós será construída no coração da Amazônia, em uma região de imensa biodiversidade e extrema importância para a conservação. Precisamos questionar a maneira como as decisões de construir estes megaprojetos em biomas frágeis como a Amazônia são tomadas, sem a devida participação da sociedade. É fundamental também desafiar a maneira como o Brasil está construindo sua matriz de energia, focada em megaprojetos de infraestrutura e deixando-nos cada vez mais dependentes da água como principal fator de geração de energia. O Tapajós não é apenas um rio. Ele representa a herança cultural e ambiental de todos os brasileiros. Temos o poder de fazer a diferença. Vamos mudar o curso dessa história, protegendo a Amazônia e mantendo o rio Tapajós vivo. O Greenpeace se opõe à construção de megaprojetos de hidrelétricas em biomas frágeis, como a Amazônia, devido aos impactos irreversíveis na biodiversidade e no modo de vida dos povos da região. O Brasil deveria investir no enorme potencial representado pelas energias renováveis verdadeiramente limpas, como o sol e o vento. Você pode ajudar a manter o Tapajós vivo ao juntar-se ao Greenpeace para combater a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós e exigir mais investimentos em fontes renováveis e verdadeiramente limpas de energia, como a solar. Além de não destruir a Amazônia, elas podem garantir a todos nós mais autonomia na geração de energia. Basta clicar neste link, assinar a petição, bem como divulgá-la!